Scarlatti pede para voar na passarola se ela realmente voar. Há um surto de febre-amarela em Lisboa, trazido por uma nau vinda do Brasil. Padre Bartolomeu Lourenço pede à Blimunda que vá à cidade e recolha as vontades das pessoas, alertando-a para o perigo de contágio.
Assim, acompanhada por Baltasar, em jejum, durante um dia inteiro se põe a recolher tais vontades. Um mês depois, são mais de mil as vontades presas ao frasco em que Blimunda as recolhia. Quando a epidemia termina, ela tinha já aprisionado duas mil vontades. Foi então que caiu doente.
¨ Blimunda
¨ Baltasar
¨ Scarlatti
¨ Padre Bartolomeu Lourenço
Espaço físico
¨ Lisboa (S. Sebastião da Pedreira)
Recursos estilísticos
¨ Ironia
“… Scarlatti trouxe para a abegoaria um cravo, não o carregou ele, mas dois mariolas…..”
¨ Enumeração
“… dois mariolas, a pau, corda, chinguiço, e muito suor …”
¨ Comparação
“… os dedos sobre as teclas, como se soltasse as notas das suas prisões…”
“… o italiano tirava do cravo, que tanto parecia brinquedo infantil como colérica objurgação…”
¨ Dupla Adjectivação
“…o que parecera antes fragmentário e contraditório….”
¨ Hipérbole
“… Se a passarola de Bartolomeu de Gusmão chegar a voar um dia, gostaria de ir nela e tocar no céu…”
¨ Quiasmo
“…para outra paisagem, ou hora, ou árvore, ou murmúrio, veja-se este padre…”